NORMAN MAILER
Aos 84 anos, morreu ontem o escritor americano Norman Mailer. No último número do Futuro Presente publicámos um texto de Thomas Fallon sobre o seu último romance, The Castle in the Forest. Sempre tive um fraquinho por este escritor de "esquerda" (?) de que "a esquerda" a justo título sempre desconfiou e as feminazis sempre detestaram. Mais do que pelos seus romances - não desfazendo - merece ser lembrado e relido pelo jornalismo, os ensaios e o memorialismo que foi coligindo em livros como The Armies of the Night, Miami and the Siege of Chicago, Advertisements for Myself, Cannibals and Christians, The Prisoner of Sex, e por aí fora, sem esquecer o magnífico The Fight, sobre o combate entre Cassius Clay e George Foreman, no Zaire. Inventou o left conservatism, que se parece muito ao tory anarchism de George Orwell, outro grande representante da "esquerda" buissonière. Entre os romances é claro que prefiro, em todo o caso, destacar Tough Guys Don't Dance, um simulacro de romance "negro", que foi depois adaptado ao cinema num filme que o próprio Mailer dirigiu, e o romance épico sobre a CIA Harlot's Ghost (quase tantas centenas de páginas como The Company, de Robert Littell, de que já falámos aqui).
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