QUE FITA VAI HOJE? - QUASE A HORAS
Para já e durante toda uma longa e preguiçosa tarde de domingo, o Lawrence da Arábia, (1962) de David Lean, que o Hollywood torna a dar-nos oportunidade de ver ou rever, grande filme dos anos 60 que não é, além disso, uma má introdução à questão política do Médio-Oriente que continua a perseguir-nos. Argumento impecável de Robert Bolt, um casting inspirado, a começar por Peter O'Toole, Lean no seu melhor, etc. Estreou no Tivoli, em Lisboa, há quase cinquenta anos e está na mesma. À noite, continua a ser o Hollywood a dominar: às 20.00, o terceiro episódio de Parque Jurássico (Jurassic Park, III, 2001), uma das rendosas invenções de Michael Crichton, o escritor e realizador que morreu há pouco tempo, com 66 anos. Não há tempo para um inventário de tudo o que escreveu, dirigiu, produziu. Um talento com certos limites, mas prolífico, muitas vezes pertinente e sempre entretenido, como dizem nuestros hermanos. Deixa algumas saudades, pelo menos para os cépticos da literatura do "aquecimento global" e de outras coisas consensuais, como eu; a seguir, Um demónio vestido de azul (Devil in a Blue Dress, 1995, o filme que consagrou completamente o talento de Don Cheadle), um film noir, em vários sentidos, dirigido por Carl Franklin, com Denzel Washington no papel de Easy Rawlins, uma criação do romancista também negro Walter Mosley, protagonista de uma série de best-sellers às cores que contam as aventuras de um "detective privado" amador e ao mesmo tempo a história do Los Angeles "afro-americano" da segunda metade do século XX: A Red Death, White Butterfly, Black Betty, A Little Yellow Dog; parei neste, ainda tenho, aqui à minha frente, por ler, Little Scarlet, também "an Easy Rawlins Novel", e dois ou três mais do mesmo autor que não pertencem à série; finalmente, Jaws (O Tubarão, 1975) de Steven Spielberg, se alguém ainda não viu. O TCM concorre fortemente com o Hollywood no horário das 20.00: Point Blank (À queima-roupa, John Boorman, 1967, com Lee Marvin). Ontem à noite tivemos oportunidade de ver um dos mais conseguidos filmes de Manoel de Oliveira, da série Agustina Bessa-Luís: Espelho mágico.
3 Comentários:
Sr. Jaime Nogueira Pinto.
Acompanhei seu trabalho quando vi, no site chamado "youtube", sua interessantíssima explanação a respeito do ditador Antonio de Oliveira Salazar, o maior português de todos os tempos. Do resto, gostaria de saber se o senhor tem algum email para mantermos contato. Eu sou brasileiro e, embora, esteja muito longe da "terrinha", interesso-me bastante sobre assuntos relacionados a Portugal e Espanha.
Abraços.
meu email é
condeloppeux@hotmail.com
Qualquer coisa, mantenha contato.
Este comentário foi removido pelo autor.
Por outro lado, vi que o sr. escreveu uma biografia de Salazar. Se puder me informar onde posso encontrar esse livro, eu tb agradeceria, pq tive curiosidade.
Mais uma vez
abraços.
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