LEITURA DE FROISSART - O CERCO DE LISBOA
O meu amigo Charles Rostand mandou-me uma edição excelente das Crónicas de Jean Froissart (1337-1405), o historiador da Guerra dos Cem Anos. Ao contrário da nosso Fernão Lopes, um clerc de classe média assumido, ascendido a senhor da memória e recriador da história e da glória da Casa de Aviz e para a glória da dinastia e - justiça lhe seja feita - da defesa da independência de Portugal, Froissart assume-se com uma ética de cavaleiro, como um senhor convicto dos preceitos e preconceitos da classe senhorial
Estou a disfrutar da sua leitura e fiquei também entusiasmado ao rever algumas das iluminuras dos manuscritos, atribuidas a grandes artistas flamengos do século XV. Esta é do cerco de Lisboa
Estou a disfrutar da sua leitura e fiquei também entusiasmado ao rever algumas das iluminuras dos manuscritos, atribuidas a grandes artistas flamengos do século XV. Esta é do cerco de Lisboa
de 1384.
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Joe o Canalizador, que afirmou que um voto em Barack Obama era um voto pela morte de Israel, foi enviado como jornalista ao Médio Oriente
Samuel Joseph Wurzelbacher, por alcunha «Joe o Canalizador» (Joe the Plumber) , de 35 anos, ficou conhecido pela pergunta que fez a Barack Obama acerca do plano de impostos do agora Presidente eleito, acusando-o de socialista, um argumento que passou a estar na ordem do dia do lado republicano, para o qual passou a fazer campanha. Tudo isto transformou Joe, de um dia para o outro, numa estrela e herói nacional.
Durante a campanha eleitoral americana, Joe o Canalizador afirmou que um voto em Barack Obama era um voto pela morte de Israel. "Vocês não querem a minha opinião sobre política externa. Eu só sei o suficiente para ser provavelmente perigoso", afirmou em entrevista à Fox News.
O mais famoso canalizador do mundo abandonou as rupturas de lavatórios e as sanitas entupidas para se dedicar a tempo inteiro à política internacional. De tal forma que, contratado pela PajamasTV, viajou para Israel, onde permaneceu 10 dias para cobrir a crise em Gaza e falar com "as pessoas da rua".
Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos uma das primeiras intervenções de Joe o Canalizador em Israel:
Jon Stewart: Este homem enviado como jornalista para o Médio Oriente, deu a sua opinião de tipo normal sobre o jornalismo de guerra.
Joe o Canalizador: Vou ser franco. Os jornalistas não deviam estar perto dos conflitos. Vocês relatam onde estão as nossas tropas. Relatam o que se passa a cada dia. Dão muita importância a isso. Acho uma parvoíce. Agora, toda a gente opina.
Jon Stewart: Sim, toda a gente opina. Sou eu que o digo, Joe o Canalizador. Muito bem Joe. O jornalismo de guerra não presta. Qual é a alternativa?
Joe o Canalizador: Gostava de como era na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, quando as pessoas iam ao cinema e viam as tropas no ecrã. Toda a gente ficava empolgada e feliz por elas.
Jon Stewart: Que idade tem? Primeira e Segunda Guerras Mundiais? Sabe, Joe, esses noticiários eram filmes de propaganda. Tinham o seu encanto mas a informação tinha lacunas. Mas continue a pintar a ignorância voluntária. Como uma espécie de virtude refrescante. Para que conste, acho que a Alemanha também teve desses filmes.
[Imagens de um documentário da Alemanha nazi]: Bem-vindos, Alemanha. Lá estão os nossos rapazes de castanho, o orgulho da força de combate da Alemanha. Podem ser o Terceiro Reich mas são os primeiros nos nossos corações. Cuidado, ciganos e homossexuais. Toda a gente está maluca por causa do Führer. Miudinha: "Posso oprimir judeus quando for grande?" Hitler: "Não te preocupes, querida. Estaremos por cá nos próximos mil anos."
Vídeo legendado em português
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