A propósito de Jonathan Littell
Graças ao Bernardo Calheiros fomos dos primeiros em Portugal a falar do romance de Jonathan Littell Les Bienveillantes, o livro francês que deu ao autor, um americano em Paris, o Prémio Goncourt, depois de lhe ter granjeado o Grande Prémio do romance da Academia Francesa. Consta de muitas das listas dos melhores livros do ano de 2006 - incluindo o curto palmarés de Vasco Pulido Valente, que como toda a gente sabe é muito esquisito. Do que se tem falado menos é do pai do autor, o romancista Robert Littell, que em dois ou três livros de espionagem (The Defection of A.J. Lewinter ou The Debriefing) pareceu, nos anos 70, poder ombrear com Len Deighton ou John Le Carré. Um dos seus livros mais recentes foi The Company (2002), a novel of the CIA, que não é uma má introdução à história "secreta" dos Estados Unidos na segunda metade do século XX, ou seja, na Guerra Fria. Numa bibliografia muito pessoal está ao lado de Harlot's Ghost, que é a CIA segundo Norman Mailer, do My Life in CIA de Harry Mathews (uma figura literária muito especial de que havemos de falar mais longamente), The American Black Chamber, memórias de Herbert O. Yardley, um dos criadores da contra-espionagem norte-americana, Spytime: The Undoing of James Jesus Angleton, de William F. Buckley, Jr. Les Bienveillantes tem mais de 900 páginas. Não sei se isto é hereditáro, mas na minha edição de bolso, The Company chega quase às 1.300.
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