A DES-UNIÃO EUROPEIA
Foram celebrados com a devida pompa e uma certa melancolia os cinquenta anos do Tratado de Roma. O "hino à alegria" - no ambiente tristonho da comemoração - deve ter soado falso: "Sem Constituição europeia, sem alargamento, sem euro e sem consenso" - como teve de observar o insuspeito Público. A declaração final teve de de ser torturada pelos tradutores - diplomatas para dizer o que cada um queria que ela dissesse: "modelo social europeu" em francês, só "modelo europeu" em português e inglês, e por aí fora (veja-se Isabel Arriaga e Cunha, em Bruxelas, "Declaração varia consoante as línguas", Público, 26 de Março). São hábitos de duplicidade que estão enraizados na "construção europeia". E hábitos de despotismo democrático: como mostra uma longa peça jornalística do Euobserver que Luis Filipe Coimbra teve a bondade de me mandar as tentativas de impôr a vontade da "bloco central" europeu continuam e continuarão -"à porta fechada". Torturam-se as declarações e tenta-se "torcer o braço" aos governos. Bem podem os checos ou quaisquer outros queixar-se da "falta de debate democrático". Havemos de ser "livres", quer queiramos quer não
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