MAIS ELEIÇÕES AMERICANAS
Amanhã, na Carolina do Sul (além do Nevada) realizam-se mais umas "primárias". Já se realizaram no Wyoming, Iowa, New Hampshire e Michigan e vão continuar a realizar-se Estado por Estado. O processo da eleição presidencial nos Estados Unidos é uma corrida de longa distância, em que durante meses os candidatos a candidatos se defrontam para conquistar votos dentro do seu próprio partido e impressionar o público em geral: há cada vez mais gente "independente" ou "não comprometida". A Carolina do Sul é mais um episódio "decisivo" (para já só para os Republicanos, os Democratas ficam para a semana) - depois de outros igualmente "decisivos" que nada decidiram. Nesta matéria, como em muitas outras, aplica-se a máxima do dramaturgo, novelista e argumentista cinematográfico William Goldman (dois Óscares e vários êxitos de bilheteira): Nobody knows anything, versão fina do nosso "prognósticos, só no fim do jogo". Se alguém soubesse alguma coisa, valia o seu peso em ouro. Assim, a prata não deixa contudo de ir correndo para consultores, analistas ou comentadores. A eleição do Presidente dos Estados Unidos ainda não é a do Presidente dos Estados Unidos do Ocidente, como preconizava em "O Édito de Caracala" um amigo imaginário de Regis Debray. (Declaração de interesse: a versão portuguesa do livro de Régis Debray foi publicada pela Guimarães Editores, numa edição em que colaborei.) Mas nem por isso é menos relevante para todos nós. E é um bom e verdadeiro "reality show".
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