segunda-feira, abril 21, 2008

QUE FITA VAI HOJE? - UM DIA MAIS

Ontem, por falha da porcaria da electrónica, não consegui prevenir ninguém da passagem na RTP1 do filme de Jacques Audiard, De battre mon coeur s'est arrêté (De tanto bater o meu coração parou, 2005). Fica aqui registado - e recomendado para uma próxima oportunidade. Invertendo uma tendência que vicejou durante alguns anos para remakes americanos de filmes franceses, trata-se de uma adaptação francesa do filme americano de James Toback Fingers (1978), que nunca consegui ver, com Harvey Keitel no papel que aqui desempenha Romain Duris. Jacques Audiard é filho do argumentista e dialoguista Marcel Audiard, esteio literário de dezenas de filmes de uma certa época do cinema francês. Foi também o realizador do politicamente incorrecto Un héros très discret (1996), adaptado de um romance de Jean-François Deniau sobre um falso herói da Resistência no Paris do pós-guerra. Hoje não me posso alargar muito, mas a passagem no Canal Hollywood de A Ilha das Cabeças Cortadas (Renny Harlin, meu Deus!, 1995) lembra-me irresistivelmente os inolvidáveis filmes de Burt Lancaster e Nick Cravat como O Facho e a Flecha (The Flame and the Arrow, 1950, de Jacques Tourneur) ou, sobretudo, O Pirata Vermelho (The Crimson Pirate, 1952, de Robert Siodmak): se os avistarem, não os percam. Falando desses tempos e deste género, passa esta noite na RTP Memória O filho do valentão (Son of Paleface, 1952, às 22.10), de Frank Tashlin (cá está outro nome da comédia cinematográfica americana dos anos 50 que precisava de mais umas linhas), continuação de O Valentão das dúzias (The Paleface, 1948), com Bob Hope, um dos grandes comediantes do palco, da televisão, da rádio e do cinema americanos, que morreu com cem anos em 2003.

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