sábado, março 14, 2009

QUE FITA VAI HOJE? - SESSÃO MESMO DUPLA

Hoje, quem quiser, pode ver duas vezes, uma a seguir à outra, a Lolita de Stanley Kubrick (Lolita, 1962): às 20.00 no TCM, às 22.45 na RTP2. A RTP2 tem hoje um excelente programa duplo na habitual sessão de sábado à noite. Depois de Lolita, passa um filme que recomendo positivamente; é tarde mas vale a pena: a versão de A Star Is Born realizada por George Cukor (Assim nasce uma estrela, 1954), à 1.20. Houve várias versões cinematográficas desta história, a primeira das quais em 1937, dirigida por outro realizador memorável, William Wellman, em cujo argumento colaboraram Dorothy Parker - precisa de apresentação? - e o seu marido à época Alan Campbell, de quem se separou e com quem voltou a casar. (Dorothy Parker foi encarnada em Mrs. Parker and the Vicious Circle, de Alan Rudoph, 1994, por Jennifer Jason Leigh, uma actriz de que talvez se lembrem em Short Cuts - Os americanos, Robert Altman, 1993, ou SWF - Jovem procura companheira, Barbet Scroeder, 1992, de que passa hoje - 00.25, TVI - uma "segunda parte" realizada em 2005. Jennifer Jason Leigh escreveu, dirigiu e interpretou com o actor Alan Cumming The Anniversary Party, 2001 - penso que o título em português foi "O aniversário" - um filme notável em que há, acho eu, ecos da vida de D. Parker e da história de Assim nasce uma estrela). Na versão hoje exibida - espero que a "cópia" faça justiça ao tehnicolor fabuloso do director de fotografia Sam Leavitt - os intérpretes do casal protagonista são Judy Garland, num dos seus melhores papéis de pessoa crescida, e James Mason, um actor que na minha juventude insconsciente gravemente subestimei e que hoje pode - e deve - ver-se em dois dos filmes aqui referidos, pois é também o Humbert Humbert de Lolita. Há uma terceira versão de A Star Is Born, 1976, numa adaptação e realização de Frank Pierson, com Barbara Streisand e Kris Kristofferson (nesta versão a história muda de cenário do mundo do cinema para o da música rock), sobre a qual é melhor que, na frase de uma professora que tive no liceu, em Espanha, "corramos un tupido velo" (ela referia-se aos meus conhecimentos de História: "corramos uma espessa cortina").

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