segunda-feira, novembro 13, 2006

Esquerdas: os "maus", os "bons" e os "vilões"

1. "Maus": os incríveis da "Almadense"

Comecemos pelo princípio: olhando a História do século XX e, ainda mais longe, a História do pensamento socialista, encontramos as raízes das várias linhagens de "esquerda". No século XIX, a utopia igualitária dos primeiros socialistas, que imaginavam sociedades futuras de abundância e prazer, do tipo "Cucanha", recebeu o apport científico de Herr Doktor Karl Marx. A partir daí, a ciência da História, ou de uma teoria geral da História Económica, tomou conta dos acontecimentos: tinham sido revelados a Marx os mistérios da História e do futuro da Humanidade, numa síntese entre os materialistas clássicos e o historicismo "metafísico" hegeliano; a nova cartilha, a "vulgata", explicava tudo - para trás e para a frente - pela Economia e pela luta de "classes" determinadas pela sua função no "processo de produção ". Lenine acrescentou a isto uma teoria da acção e do papel do partido e do Estado na revolução. "Engenheiro de revoluções" extraiu daí uma fórmula que implicava o terror como instrumento de luta social; e que o seu companheiro Trotsky teorizou mais aprofundadamente - em Terrorismo e Comunismo, na polémica com Kautsky - e praticou na Guerra Civil, retendo como reféns as famílias dos oficiais "profissionais" do exército regular, que foi buscar para combater os "brancos". Terror que Lenine também foi praticando, embora a fama e o proveito ficassem mais para Estaline.
Este fez do terror, não só um instrumento, mas um fim, matando displicentemente muitos milhões de russos, sobretudo camponeses pobres; e muitos comunistas, quadros do Partido e da polícia política, GPU, muitos deles assassinos, anteriormente, de outras vítimas. E a partir de 1945, exportou estes métodos para as áreas conquistadas, da Europa Oriental até à China de Mao-tsé-Tung. Quarenta milhões de mortos na União Soviética, 60 milhões na China maoísta, mais as carnificinas dos Pol Pots, dos Mengistus e outros assassinos em massa, das "áreas imperialistas" libertadas.
São os continuadores e descendentes espirituais e políticos destas criaturas - e que de tal herança se reclamam, sem uma palavra de explicação e desculpa - que a convite dos "camaradas" locais vieram até à Academia Almadense, fazer o ponto actual dos crimes do Capitalismo, de Bush e dos Estados Unidos.
Incríveis...

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