Ungern
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Jean Mabire, entre outros, escreveu já a sua biografia: "Le Dieu de la Guerre: Ungern", editado pela Art et Histoire d'Europe nos já longínquos anos 80 (e agora reeditado na Livre de Poche). Trata-se de uma obra apaixonante e que se lê num ápice, tal a cadência dos episódios aí descritos.
General branco, ao lado de oficiais como os Generais Semenov, Wrangel ou Kornilov, ou o Almirante Kolchak, Ungern ficará para sempre conhecido pelas suas muitíssimo eficazes tácticas no combate aos comunistas. Tácticas marcadas pela sua admiração por Gengis-Khan e pelos mongóis e caracterizadas pela maior das violências, perpetradas pela horda que sempre o acompanhava. Do combate aos soviéticos depressa passou para as suas próprias guerras, com incursões na China, para restaurar a dinastia Qing, ou, mais tarde, na Mongólia, procurando instalar aí o seu Reino como ponto de partida para a criação de um grande império asiático.
Com as suas aventuras, acabou por ser o último general branco a enfrentar Lenin, vindo a morrer em 1921, executado pelos comunistas, depois de traído por um dos seus próximos. Contudo, o seu símbolo (o "U" = ferradura) será para sempre lembrado nas estepes da Mongólia todas as vezes que por aí passar um cavaleiro. Uma marca de sangue, da cor dos seus inimigos.
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