LEITURAS...
Estou a ler este romance de William Ospina,"Ursúa", que me parece à altura dos grandes memoriais novelísticos do Subcontinente americano, como El Siglo de las Luces de Alejo Carpentier, La Fiesta del Chivo de Mario Vargas Llosa, a obra de Garcia-Marquez (descontados pecadilhos de terceira ordem, como Memorias de mis putas tristes). E muita da "literatura de ditador"de Roa-Bastos, de Asturias, e, outra vez ele, o magnífico Recurso do Método de Carpentier. E lá em baixo na ponta austral, mas bem na frente de todos, Borges, Homero europeizado de Buenos Aires, pessimista, burguês, conservador, urdidor e tecedor de sonhos e mistérios que descobrimos em tardes de Verão e férias grandes portuguesas, ou nos cafés madrilenos próximos da Gran Via, nessas últimas "férias grandes" de conspirações e esperanças que foram os exílios post 1974.
Cito uma passagem:"Ursúa y Castellanos hablaron hasta que la noche azul llena de estrellas cubrió las tierras bajas de la sierra.(...)porque no hay gran amistad que no comience por un largo intercambio de historias". Os grandes amores não começam mas desenvolvem-se e crescem assim. Por troca de histórias até que a história se torna uma só...
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