PASSEIO DE DOMINGO - VICTORIA FALLS E ROBERT MUGABE
Quando voávamos para Joanesburgo, no princípio dos anos 90, ao passar sobre Victoria Falls, os pilotos chamavam-nos a atenção para a vista e, regular ou irregularmente, baixavam um bocado para vermos melhor o panorama. Que era (é) fabuloso. Tão fabuloso como uma subida do Zaire, da foz até Kinhasa, que fiz já nos finais dos anos 90, com o Helder Bataglia, num voo num Beechcraft 200, entre Luanda e Brazaville, lembrando-me muito do Conrad e do Heart of Darkness e dos fardos carregados e impostos pelos homens brancos à África.
África que, com todos os seus senãos, tragédias e problemas, guardou este lado de "mundo encantado", que tem a ver com as naturezas poupadas pela técnica, com o mundo inicial, do princípio da Criação. Como ainda se descobre em partes da América do Norte, do Brasil e da Argentina.
E Victoria Falls estão no Zimbabué, nesse antigo Reino do Monomotapa, por onde hoje passa muito do futuro da região: uma saída tranquila de Mugabe, de transição estável, com um governo de unidade sem ele, e a cornucópia dos benefícios da reconstrução cair(á)ia sobre o país. E sobre os vizinhos, também. Mas se o velho leninista, educado pelos Jesuítas, ceder às pressões da sua nomenclatura e quizer ficar no poder, ganhando as eleições de qualquer modo, pela intimidação e pela manipulação, então não vai haver nada para ninguém e a violência e guerra civil poderão ser a consequência mais próxima do maquiavelismo das élites locais e dos que, no nosso hemisfério, os encorajam a ficar no poder de qualquer maneira.
Conrad continua bem actual, com algumas adaptações.
África que, com todos os seus senãos, tragédias e problemas, guardou este lado de "mundo encantado", que tem a ver com as naturezas poupadas pela técnica, com o mundo inicial, do princípio da Criação. Como ainda se descobre em partes da América do Norte, do Brasil e da Argentina.
E Victoria Falls estão no Zimbabué, nesse antigo Reino do Monomotapa, por onde hoje passa muito do futuro da região: uma saída tranquila de Mugabe, de transição estável, com um governo de unidade sem ele, e a cornucópia dos benefícios da reconstrução cair(á)ia sobre o país. E sobre os vizinhos, também. Mas se o velho leninista, educado pelos Jesuítas, ceder às pressões da sua nomenclatura e quizer ficar no poder, ganhando as eleições de qualquer modo, pela intimidação e pela manipulação, então não vai haver nada para ninguém e a violência e guerra civil poderão ser a consequência mais próxima do maquiavelismo das élites locais e dos que, no nosso hemisfério, os encorajam a ficar no poder de qualquer maneira.
Conrad continua bem actual, com algumas adaptações.
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