QUE FITA VAI HOJE? - UM HOMEM DE TALENTO
O ciclo de romances de Ripley (o primeiro - The Talented Mr. Ripley - teve na Colecção Vampiro o título de Um homem de talento, que parece que não podia ser outro) é onde o mundo doentio de Patricia Highsmith é mais suportável. (Aí e nalguns contos de Mermaids on the golf course e Little Tales of Misoginy e, vá lá, em O desconhecido do Norte Expresso, seu primeiro romance, adaptado ao cinema por Hitchcock, Strangers on a Train, 1951.) Um homem de talento teve duas adaptações ao cinema - uma excelente versão francesa que é um dos melhores filmes de René Clément, Plein Soleil, À luz do sol, 1960, também um dos melhores papéis de Alain Delon, em princípio de carreira, logo antes de Rocco e os seus irmãos, de Luchino Visconti, já agora - e a recente versão de Anthony Minghella, que não me deslumbrou, apesar de todos os seus méritos e de uma maior fidelidade à letra do original literário. Ripley's Game, terceiro da série, foi filmado duas vezes também: por Wim Wenders, L'ami américain, 1977 (apesar das poses, gostei - com um Bruno Ganz inesquecível no protagonista) e por Liliana Cavani, O jogo de Mr. Ripley (2002), que, embora sem poses e com John Malkovich, não é tão bom. Os outros romances da saga Ripley são, por ordem de aparição, Ripley Underground (o segundo), The Boy That Followed Ripley e Ripley under Water. O filme de la Cavani passa hoje na RTP1, às 00.35.
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