segunda-feira, março 06, 2006

Boa noite e boa sorte

Quem quiser ter uma ideia séria do que foi realmente o chamado McCarthyismo é claro que não pode ficar-se pelo filme em que George Clooney pôs o seu indicutível charme de actor e o seu surpreendente talento de cineasta (veja-se o outro filme que dirigiu, Confissões de uma mente perigosa) ao serviço de uma hagiografia que é também, como quase sempre, uma auto-hagiografia: "O senhor Clooney - como escreve um crítico em "The Spectator" - gosta de contar-se entre aqueles que, absurdamente, ainda acham que é de um grande arrojo deplorar o anti-comunismo do senador McCarthy". Além dos livros de William F. Buckley, Jr. (o estudo McCarthy and His Enemies, que já tem uns anos, e Redhunter, um romance de1999) e outros que referimos no nosso número 50 ("O perigo vermelho"), vale a pena ler um dos livros mais bem escritos e mais impressionantes da Guerra Fria, Witness, de Whittaker Chambers, jornalista e durante muitos anos membro do Partido Comunista americano.

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