Perplexidades
Fui há pouco votar. De regresso a casa, cruzei-me com um pequeno grupo de pessoas de meia idade, duas senhoras e um cavalheiro. Diziam que não tinham ido votar porque estas "eleições" não eram importantes.
Independentemente das opções que se tomem, discutem-se hoje questões que têm a ver com a vida e com a morte. Decisões que têm fortes implicações morais e sociais. Mas alguns dos meus conterrâneos acham que não são assuntos importantes. Devem ter preferido ir registar o totoloto. Francamente, não entendo o mundo em que vivo.
Independentemente das opções que se tomem, discutem-se hoje questões que têm a ver com a vida e com a morte. Decisões que têm fortes implicações morais e sociais. Mas alguns dos meus conterrâneos acham que não são assuntos importantes. Devem ter preferido ir registar o totoloto. Francamente, não entendo o mundo em que vivo.
1 Comentários:
Essa terrível indiferença habitual para com questões que têm a ver com a vida e com a morte, com fortes implicações morais e sociais, não poderá ser um resultado da habituação às participações portuguesas -- não referendadas e sem declaração de guerra sequer -- em sangrentas agressões militares ilegais no estrangeiro? Deixo a pergunta, não porque me pareça que a terminação da gravidez seja da competência do Ministério de Defesa ou a guerra do Ministério da Saúde (já sei que não são), mas pela muito simples razão de que os cidadãos são progressivamente habituados a não pensar nem discutir as decisões dos «seus melhores», para que as mais das vezes não são procurados nem achados?
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