ESTALINISMOS
No seu último livro, intitulado Comrades: History of World Communism (Macmillan), Robert Service faz uma análise demolidora do comunismo. Contudo, para que tal estudo seja demolidor não precisou de grande paixão ou empenhamento ideológico, limitou-se a descrever a realidade. Comparou regimes - a Rússia soviética, a China (a da Revolução Cultural e a do presente), a Coreia do Norte, Castro e Pol Pot - para encontrar uma matriz comum. E encontrou-a, chama-se totalitarismo. Os esquerdistas de serviço não gostaram e consideraram que o autor não estava a ser objectivo. O problema é que estava, bastando apenas viajar por qualquer desses países (dos que já se podem visitar) para nos apercebermos do horror em que viveram todos esses povos.
A escola "revisionista" da historiografia soviética não aceita as conclusões deste autor: em todos os casos de regimes comunistas houve uma aproximação ao modelo soviético. E este modelo caracteriza-se pelo terror (as polícias políticas; os campos de trabalho; as deportações; os saneamentos, etc.), pela nacionalização da economia, pela perseguição à Igreja e às instituições tradicionais, pelo controlo total dos media.
Os arautos do comunismo (que ainda os há) não conseguem compreender que o autor foi apenas intelectualmente honesto na sua análise dos factos. Falou das perseguições, do controlo total e absoluto das populações no plano interno e nas tentativas de exportação do modelo. Referiu a nomenklatura e o partido único, e falou da censura e da cultura oficial do Partido. No entanto, não se esqueceu também de mencionar os níveis de formação escolar da população, que subiram, o crescimento industrial e o desemprego que praticamente desapareceu.
Apesar da objectividade, os representantes da intelligentzia não se cansam de o insultar. Um dos últimos foi Seumas Milne, no The Guardian, onde classifica Robert Service como "neoconservador", tentando assim pôr um carácter ideológico numa obra que tem apenas uma natureza marcadamente científica. Lá, como cá, a técnica do costume: a difamação pura e simples. O autor defendeu-se em artigo do passado dia 07 de Junho no "Newstatesman", intitulado "Party Politics", acusando Milne de recurso a métodos "estalinóides" de argumentação. Também me parece que sim.
A escola "revisionista" da historiografia soviética não aceita as conclusões deste autor: em todos os casos de regimes comunistas houve uma aproximação ao modelo soviético. E este modelo caracteriza-se pelo terror (as polícias políticas; os campos de trabalho; as deportações; os saneamentos, etc.), pela nacionalização da economia, pela perseguição à Igreja e às instituições tradicionais, pelo controlo total dos media.
Os arautos do comunismo (que ainda os há) não conseguem compreender que o autor foi apenas intelectualmente honesto na sua análise dos factos. Falou das perseguições, do controlo total e absoluto das populações no plano interno e nas tentativas de exportação do modelo. Referiu a nomenklatura e o partido único, e falou da censura e da cultura oficial do Partido. No entanto, não se esqueceu também de mencionar os níveis de formação escolar da população, que subiram, o crescimento industrial e o desemprego que praticamente desapareceu.
Apesar da objectividade, os representantes da intelligentzia não se cansam de o insultar. Um dos últimos foi Seumas Milne, no The Guardian, onde classifica Robert Service como "neoconservador", tentando assim pôr um carácter ideológico numa obra que tem apenas uma natureza marcadamente científica. Lá, como cá, a técnica do costume: a difamação pura e simples. O autor defendeu-se em artigo do passado dia 07 de Junho no "Newstatesman", intitulado "Party Politics", acusando Milne de recurso a métodos "estalinóides" de argumentação. Também me parece que sim.
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