OS "LOBOS" E "OS DOIS ESTANDARTES"
Mais uma daquelas coincidências a que acho graça: no dia em que a equipa portuguesa de rugby que disputa o campeonato do mundo jogava contra a "toda poderosa" Nova Zelândia cheguei à página 166 do grande romance de Lucien Rebatet Les deux étendards, em que Michel, um dos protagonistas, e o autor, numa nota de rodapé, falam dos All Blacks, era por volta de 1950. Lucien Rebatet pertence à geração "maldita" daquilo a que Paul Sérant chamou "o romantismo fascista". A Livros do Brasil publicou em português, há uns largos anos, as suas "Memórias de um Fascista", continuação do célebre Les Décombres, de 1942, proscrito muito tempo em França e só reeditado uma vez, nos anos 70, por Jean-Jacques Pauvert, com uma etiqueta preventiva do género "fumar mata", mutatis mutandis. Pol Vandromme, crítico belga, estudioso entusiasta da "droite buissonnière" (e de Jacques Brel, de Tintin, de Georges Brassens, etc.), publicou em 1968 um bom estudo sobre Rebatet. Petite histoire: Lucien Rebatet foi um dos protectores e mentores do jovem François Truffaut.
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