ZIMBABWE - "OS ANOS DO TIRANO"
Da crónica de Nuno Rogeiro no JN:
"A antigamente rica Rodésia, que poderia ter emancipado politicamente o povo negro, e ao mesmo tempo dar-lhe justiça social, riqueza e desenvolvimento, caiu, com o tempo, numa tirania desmesurada e irracional. Só agora, por pressão internacional e interna, abre Mugabe a mão às urnas, à mudança, ao verdadeiro domínio popular.
No seu discurso de posse, Morgan Tsvangirai citou Nelson Mandela, pedindo reconciliação e nenhuma vingança. Prometeu trazer de volta os milhões que tiveram de encontrar vida algures. Jurou o desmantelamento do sistema oligárquico e corrupto. Anunciou que, com urgência, vai dar às massas os alimentos de que os seus corpos carecem, para que amanhã possam ocupar-se só do espírito.
Mas Robert Mugabe, o Grande Crocodilo, continua à frente do Estado, presidindo ao Conselho de Segurança nacional e ao Gabinete, repartindo assim funções executivas com o novo governante, que dirige o Conselho de Ministros.
Em várias empresas de África, circula uma carta, assinada pelo Movimento 21 de Fevereiro, do Zimbabué, pedindo contribuições e doações para a festa de anos do presidente. O 85.º aniversário está a ser preparado pelo seu sobrinho Patrick Zhuwawo, e no rol de presentes sugeridos estão milhares de lagostas, garrafas de champanhe e doses de caviar, para além de depósitos em moeda estrangeira, em bancos americanos.
Para evitar mais boatos e escândalo, num país à míngua, se Mugabe, com ou sem pressão de Tsvangirai, cancelasse a festa, e entregasse o cheque correspondente à Cruz Vermelha local, teríamos um bom começo.
Vistas bem as coisas, até Estaline, que viajava num comboio blindado pela URSS, possuía o título oficioso de "Jardineiro da Felicidade Humana".
E Mugabe não é menos do que Estaline. "
No seu discurso de posse, Morgan Tsvangirai citou Nelson Mandela, pedindo reconciliação e nenhuma vingança. Prometeu trazer de volta os milhões que tiveram de encontrar vida algures. Jurou o desmantelamento do sistema oligárquico e corrupto. Anunciou que, com urgência, vai dar às massas os alimentos de que os seus corpos carecem, para que amanhã possam ocupar-se só do espírito.
Mas Robert Mugabe, o Grande Crocodilo, continua à frente do Estado, presidindo ao Conselho de Segurança nacional e ao Gabinete, repartindo assim funções executivas com o novo governante, que dirige o Conselho de Ministros.
Em várias empresas de África, circula uma carta, assinada pelo Movimento 21 de Fevereiro, do Zimbabué, pedindo contribuições e doações para a festa de anos do presidente. O 85.º aniversário está a ser preparado pelo seu sobrinho Patrick Zhuwawo, e no rol de presentes sugeridos estão milhares de lagostas, garrafas de champanhe e doses de caviar, para além de depósitos em moeda estrangeira, em bancos americanos.
Para evitar mais boatos e escândalo, num país à míngua, se Mugabe, com ou sem pressão de Tsvangirai, cancelasse a festa, e entregasse o cheque correspondente à Cruz Vermelha local, teríamos um bom começo.
Vistas bem as coisas, até Estaline, que viajava num comboio blindado pela URSS, possuía o título oficioso de "Jardineiro da Felicidade Humana".
E Mugabe não é menos do que Estaline. "
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