Sendero-A luz das trevas
Foi condenado pelo Supremo Tribunal Peruano a prisão perpétua, Abimael Guzmán, o sinistro fundador e líder do movimento de esquerda terrorista peruano, Sendero Luminoso, criado nos anos 70, por estudantes da Universidade de Lima.
O Sendero pertenceu a esta categoria de movimentos da "nova esquerda", inspirados no maoísmo e numa exegese radical, em linguagem e acção, das máximas do marxismo-leninismo. No Ocidente, sobretudo nas universidades da Europa Latina - em Itália, em Espanha e em Portugal - antes e depois do 25 de Abril, muitos jovens da classe média e média alta aderiram a este tipo de organizações, com uma forte carga de paranóia político-social.
Por cá, fora umas estupidezes policopiadas, umas cabeças partidas e uns professores - como o Prof. Manuel Cavaleiro Ferreira - agredidos ou humilhados pelos jovens maoístas, não houve muito a assinalar. E a partir de 1975, com o impulso da "conexão" americana (aliás a RPC, a partir de Nixon na China, era um aliado...) a mobilização na grande frente anti-social-fascista. Estes movimentos foram mais uma peça do anedotário e os seus ex-dirigentes depressa ingressaram no mainstream político-académico.
Nos países do Terceiro Mundo, as coisas foram distintas. Na China, os "guardas vermelhos" foram o instrumento do terror maoísta. Em países como o Peru foi a catástrofe humana e social. Este Abimael Guzmán, agora condenado, e a sua organização, têm às costas cerca de 40 mil mortos, em massacres colectivos e assassinatos individuais, na sua maioria pobres camponeses do Altiplano, liquidados por estes bandos de fanáticos construtores de "um mundo perfeito".
Como os desgraçados 69 habitantes de Lucanamarca, 20 deles crianças, mortos à catanada. Guzmán foi condenado à prisão perpétua, mas as suas companheiras e companheiros da "cúpula" senderista - Laura Zambrano, Maria Pantoja, Angélica Salas, Margie Clavo, Martha Huatay, Margot Liendo, Victoria Trujillo, Victor Zavala, e Osmán Morote - levaram sentenças entre 25 e 35 anos. Núcleos do Sendero, cuja história inspirou um excelente romance de Mário Vargas Llosa, Lituma en los Andes, sobrevivem no interior do país, associados ao narcotráfico, isto é (re)convertidos ao mercado.
O Sendero pertenceu a esta categoria de movimentos da "nova esquerda", inspirados no maoísmo e numa exegese radical, em linguagem e acção, das máximas do marxismo-leninismo. No Ocidente, sobretudo nas universidades da Europa Latina - em Itália, em Espanha e em Portugal - antes e depois do 25 de Abril, muitos jovens da classe média e média alta aderiram a este tipo de organizações, com uma forte carga de paranóia político-social.
Por cá, fora umas estupidezes policopiadas, umas cabeças partidas e uns professores - como o Prof. Manuel Cavaleiro Ferreira - agredidos ou humilhados pelos jovens maoístas, não houve muito a assinalar. E a partir de 1975, com o impulso da "conexão" americana (aliás a RPC, a partir de Nixon na China, era um aliado...) a mobilização na grande frente anti-social-fascista. Estes movimentos foram mais uma peça do anedotário e os seus ex-dirigentes depressa ingressaram no mainstream político-académico.
Nos países do Terceiro Mundo, as coisas foram distintas. Na China, os "guardas vermelhos" foram o instrumento do terror maoísta. Em países como o Peru foi a catástrofe humana e social. Este Abimael Guzmán, agora condenado, e a sua organização, têm às costas cerca de 40 mil mortos, em massacres colectivos e assassinatos individuais, na sua maioria pobres camponeses do Altiplano, liquidados por estes bandos de fanáticos construtores de "um mundo perfeito".
Como os desgraçados 69 habitantes de Lucanamarca, 20 deles crianças, mortos à catanada. Guzmán foi condenado à prisão perpétua, mas as suas companheiras e companheiros da "cúpula" senderista - Laura Zambrano, Maria Pantoja, Angélica Salas, Margie Clavo, Martha Huatay, Margot Liendo, Victoria Trujillo, Victor Zavala, e Osmán Morote - levaram sentenças entre 25 e 35 anos. Núcleos do Sendero, cuja história inspirou um excelente romance de Mário Vargas Llosa, Lituma en los Andes, sobrevivem no interior do país, associados ao narcotráfico, isto é (re)convertidos ao mercado.
2 Comentários:
Isto não se faz! Puseram umas barbas ao Camarada Arnaldo de Matos!
Jonas Savimbi também foi maoista, mas morreu assassinado, porque foi traido!
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