Manuel Maria Múrias
No passado dia 10 de Outubro passou mais um aniversário do falecimento de um dos maiores portugueses que conheci: Manuel Maria Múrias.
Manuel Múrias foi um exemplo para toda a minha geração. Foi-o, antes de mais, pelo seu portuguesismo, pelo bem que escrevia e, sobretudo, pela sua imensa coragem. Lembro-me bem - nunca o esquecerei - quando, estudante no Liceu Garcia de Orta, no Porto, recebi a notícia da prisão do Director de A RUA por dizer apenas aquilo que pensava uma grande parte da sociedade portuguesa. Imediatamente promovemos um abaixo-assinado para lhe manifestarmos a nossa solidariedade e pedirmos a sua libertação. Os nossos nomes foram publicados n'A RUA e recebemos umas palavras simpáticas desde as prisões da liberdade. Aprendemos uma lição e recebemos um exemplo: o exemplo de dignidade de um Português injustamento preso, a lição de que não havia liberdade de expressão no país em que vivíamos.
Manuel Múrias foi um exemplo para toda a minha geração. Foi-o, antes de mais, pelo seu portuguesismo, pelo bem que escrevia e, sobretudo, pela sua imensa coragem. Lembro-me bem - nunca o esquecerei - quando, estudante no Liceu Garcia de Orta, no Porto, recebi a notícia da prisão do Director de A RUA por dizer apenas aquilo que pensava uma grande parte da sociedade portuguesa. Imediatamente promovemos um abaixo-assinado para lhe manifestarmos a nossa solidariedade e pedirmos a sua libertação. Os nossos nomes foram publicados n'A RUA e recebemos umas palavras simpáticas desde as prisões da liberdade. Aprendemos uma lição e recebemos um exemplo: o exemplo de dignidade de um Português injustamento preso, a lição de que não havia liberdade de expressão no país em que vivíamos.
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Não se pode falar em Manuel Maria Múrias sem se falar em jornalismo e sem mencionar A RUA que, nesses tempos difíceis, ousava enfrentar a intelligentzia marxista que nos desgovernava.
Ainda hoje somos muitos os que nos lembramos da alegria, do entusiasmo com que comprávamos cada semana mais um número de A RUA, onde colaborava grande parte da intelectualidade Nacional. Como lamentamos hoje que ela tenha desaparecido. Convém que nos lembremos, no entanto, que desapareceu porque não a soubemos manter. É importante que aprendamos mais esta lição e lutemos para apoiar os nossos blogues, as nossas revistas, os nossos autores, as diversas iniciativas da nossa área política.
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Um grande abraço ao Francisco Múrias, que não tenho o prazer de conhecer, e muitos parabéns pelo seu excelente blogue O POVO.
4 Comentários:
Permita-me deixar aqui um link do meu antigo blogue para uma entrevista do grande MMM:
http://santosdacasa.weblog.com.pt/arquivo/2004/12/entrevista_de_m.html
E alguma vez o MMM defendeu os presos políticos antes do 25/04?
Mas que grande português!
conde d'abranhos,vossa senhoria não entende que antes do 25/4 um regime autoritário,que não é uma"democracia",e tem "presos políticos"e o mau nome e reputação consequentes .A democracia é que não pode ter!Senão é igual ao fascismo,ao comunismo,etc.etc.
Este abranhos faz jus ao título,mas percebe pouco de lógica...
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