Língua Portuguesa
O Miguel, num post recente, refere-se aos constantes atentados à Língua Portuguesa, ao mesmo tempo em que parece estar na moda a defesa do português e da sua correcta utilização.
O Expresso desta semana dá a notícia de que, um pouco por todo o mundo, com algumas escassas excepções, as aulas de português estão a começar com «atrasos assinaláveis», o que é acompanhado pela crónica falta de apoios, sobretudo nos países fora da Europa.
Confesso que se trata de um assunto que não conheço em profundidade e, portanto, não quero fazer considerações que se possam revelar injustas ou menos correctas. Em todo o caso, dado que contactei já directamente com algumas destas situações, tenho que manifestar aqui a minha preocupação com o tema. Trata-se, de facto, de um assunto da maior importância para um país em que uma das suas maiores riquezas é precisamente o de ser a origem de uma das línguas mais faladas no mundo. Isso traz-nos responsabilidades que não são pequenas.
Independentemente de os países que falam português poderem porventura precisar de algum apoio no ensino e divulgação da Língua, há também que ter em conta a realidade de um crescente e muito grande número de estudantes estrangeiros que procuram aprender o português. Igualmente, há que olhar com maior atenção para uma considerável quantidade de institutos e associações estrangeiros que promovem o seu ensino, que estudam e divulgam a nossa cultura, que publicam revistas e fazem conferências sobre a nossa História e presença no mundo. Entre os que a nossa sociedade menos conhece estão certamente os existentes nos antigos «países do Leste», como a Hungria, a Polónia, a Bulgária ou a Rússia, onde alguns amigos de Portugal têm feito uma obra assinalável, apesar de diáriamente se confrontarem com a falta de meios para divulgarem a sua paixão pelo nosso País.
Também noutras regiões, consideradas prioritárias para a nossa política externa, como África, é constantemente requerido o apoio para o ensino da nossa Língua, por forma a que estudantes seus possam frequentar as nossas escolas, as nossas academias militares, as nossas universidades.
Se Portugal, um país pequeno em termos geográficos, mas grande se considerarmos a sua História e a sua Cultura, quiser ter um lugar de relevo no mundo actual, tem de ser capaz de tratar de problemas tão fundamentais como este. Tem de ter uma política cultural que seja uma aliada da sua política externa; tem de ter consciência de que a defesa e promoção da Língua é uma prioridade, pelo que deverá apoiar todas estas iniciativas e dotar o Instituto Camões dos meios necessários a uma acção verdadeiramente eficaz. Não pode haver economias quando estamos a falar do essencial.
O Expresso desta semana dá a notícia de que, um pouco por todo o mundo, com algumas escassas excepções, as aulas de português estão a começar com «atrasos assinaláveis», o que é acompanhado pela crónica falta de apoios, sobretudo nos países fora da Europa.
Confesso que se trata de um assunto que não conheço em profundidade e, portanto, não quero fazer considerações que se possam revelar injustas ou menos correctas. Em todo o caso, dado que contactei já directamente com algumas destas situações, tenho que manifestar aqui a minha preocupação com o tema. Trata-se, de facto, de um assunto da maior importância para um país em que uma das suas maiores riquezas é precisamente o de ser a origem de uma das línguas mais faladas no mundo. Isso traz-nos responsabilidades que não são pequenas.
Independentemente de os países que falam português poderem porventura precisar de algum apoio no ensino e divulgação da Língua, há também que ter em conta a realidade de um crescente e muito grande número de estudantes estrangeiros que procuram aprender o português. Igualmente, há que olhar com maior atenção para uma considerável quantidade de institutos e associações estrangeiros que promovem o seu ensino, que estudam e divulgam a nossa cultura, que publicam revistas e fazem conferências sobre a nossa História e presença no mundo. Entre os que a nossa sociedade menos conhece estão certamente os existentes nos antigos «países do Leste», como a Hungria, a Polónia, a Bulgária ou a Rússia, onde alguns amigos de Portugal têm feito uma obra assinalável, apesar de diáriamente se confrontarem com a falta de meios para divulgarem a sua paixão pelo nosso País.
Também noutras regiões, consideradas prioritárias para a nossa política externa, como África, é constantemente requerido o apoio para o ensino da nossa Língua, por forma a que estudantes seus possam frequentar as nossas escolas, as nossas academias militares, as nossas universidades.
Se Portugal, um país pequeno em termos geográficos, mas grande se considerarmos a sua História e a sua Cultura, quiser ter um lugar de relevo no mundo actual, tem de ser capaz de tratar de problemas tão fundamentais como este. Tem de ter uma política cultural que seja uma aliada da sua política externa; tem de ter consciência de que a defesa e promoção da Língua é uma prioridade, pelo que deverá apoiar todas estas iniciativas e dotar o Instituto Camões dos meios necessários a uma acção verdadeiramente eficaz. Não pode haver economias quando estamos a falar do essencial.
1 Comentários:
Já pensou que o problema pode ser mesmo a inoperância do Instituto Camões. Não se trata apenas de falta de meios, mas acima de tudo uma falta de rumo e de estratégia. Não digo que se deva acabar com o Instituto, mas sim reformulá-lo nos seus objectivos e na sua dinâmica...
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