Objectividade 2
Só para ver a "objectividade" das "bios" dos "grandes portugueses" para o concurso da RTP.
Assim reza o texto de apresentação dos candidatos Cunhal e Salazar:
ÁLVARO CUNHAL
"É o símbolo da luta contra o salazarismo. Com um inflexível código de honra iniciou a actividade revolucionária (...) Cunhal era um expoente de inteligência e astúcia. Por nascimento e educação nunca deixou de ser um aristocrata, mas abdicou de tudo em prol de um ideal"
ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR
"Dirigiu de forma ditatorial os destinos do País durante quatro décadas (...) Afastou todos os que tentaram destitui-lo do cargo. Instituiu de forma brutal a censura e a polícia política. (...) Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País".
O que é curioso, na análise destas duas figuras determinantes da História portuguesa do século xx, é o paralelismo de algumas das suas características humanas, divergindo radicalmente as suas convicções. Embora ambos sentissem completa indiferença ou mesmo desprezo pelo pluralismo democrático e partidário e pelas liberdades políticas, enquanto obstáculos aos seus ideais absolutos - para Salazar a razão de Estado da nação portuguesa - para Cunhal a revolução comunista. Só que os "biógrafos" da RTP, que ou são da "corda" ou de pouco entendimento, não deram por isso e fazem estas "encomendas"de "bons" e "maus" à lista do p.c. (politicamente correcto). Assim, no seu facciosismo, não perceberam que elogiaram num o que precisamente condenaram no outro; e vice-versa.
Veja-se, como as "biografias" trocadas fazem sentido, trocando só algumas palavras:
SALAZAR
"É o símbolo da luta contra o comunismo.
Com um inflexível código de honra iniciou a actividade governativa(...) Salazar era um um expoente de inteligência e astúcia. Por nascimento e educação nunca deixou de ser um aristocrata, mas abdicou de tudo em prol de um ideal". Seriam ambos "aristocratas "de educação, pois não sei em que"Gothas" encontraramos mestres historiadores de Maria Elisa, a "aristocracia" de nascimento do Dr.Cunhal.
CUNHAL
"Dirigiu de forma ditatorial os destinos do Partido Comunista durante cinco décadas (...) Afastou todos os que tentaram destitui-lo do cargo. Instituiu de forma brutal, a censura e a polícia política no controlo do PCP. Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País.
Assim reza o texto de apresentação dos candidatos Cunhal e Salazar:
ÁLVARO CUNHAL
"É o símbolo da luta contra o salazarismo. Com um inflexível código de honra iniciou a actividade revolucionária (...) Cunhal era um expoente de inteligência e astúcia. Por nascimento e educação nunca deixou de ser um aristocrata, mas abdicou de tudo em prol de um ideal"
ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR
"Dirigiu de forma ditatorial os destinos do País durante quatro décadas (...) Afastou todos os que tentaram destitui-lo do cargo. Instituiu de forma brutal a censura e a polícia política. (...) Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País".
O que é curioso, na análise destas duas figuras determinantes da História portuguesa do século xx, é o paralelismo de algumas das suas características humanas, divergindo radicalmente as suas convicções. Embora ambos sentissem completa indiferença ou mesmo desprezo pelo pluralismo democrático e partidário e pelas liberdades políticas, enquanto obstáculos aos seus ideais absolutos - para Salazar a razão de Estado da nação portuguesa - para Cunhal a revolução comunista. Só que os "biógrafos" da RTP, que ou são da "corda" ou de pouco entendimento, não deram por isso e fazem estas "encomendas"de "bons" e "maus" à lista do p.c. (politicamente correcto). Assim, no seu facciosismo, não perceberam que elogiaram num o que precisamente condenaram no outro; e vice-versa.
Veja-se, como as "biografias" trocadas fazem sentido, trocando só algumas palavras:
SALAZAR
"É o símbolo da luta contra o comunismo.
Com um inflexível código de honra iniciou a actividade governativa(...) Salazar era um um expoente de inteligência e astúcia. Por nascimento e educação nunca deixou de ser um aristocrata, mas abdicou de tudo em prol de um ideal". Seriam ambos "aristocratas "de educação, pois não sei em que"Gothas" encontraramos mestres historiadores de Maria Elisa, a "aristocracia" de nascimento do Dr.Cunhal.
CUNHAL
"Dirigiu de forma ditatorial os destinos do Partido Comunista durante cinco décadas (...) Afastou todos os que tentaram destitui-lo do cargo. Instituiu de forma brutal, a censura e a polícia política no controlo do PCP. Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País.
3 Comentários:
Muito pertinente
Brilhante... Até que enfim alguém revela "o santo de pau oco" que gostaria de importar para Portugal as atrocidades cometidas na antiga União Soviètica. Grande homem, que carácter exemplar!!! Só mesmo para bacocos que nem se apercebem que se esse senhor tivesse cumprido os seus sonhos, ninguém acabaria o curso como ele o pôde fazer na prisão- só acabariam o curso das suas vidas numa vala comum, com as mãos atadas atrás das costas e com um tiro na nuca, como rezava a tradição do exército soviético. Este país está de facto minado pelo facciosismo e pela total ausência de isenção histórica- disseminou-se uma verdade oficial tão manipulada que assisto a pessoas inteligentes a papaguearem considerações desse género de forma tão convicta que parece que estou a viver numa sociedade de autómatos acéfalos.
Então o Cunhal um democrata? Um homem que liderou o PC mais ortodoxo da Europa, que encarava uma diferença de opinião como uma dissidência a punir severamente.
O Professor António de oliveira Salazar teve de facto muitos erros e um deles foi não ter feito juz à fama que tão estrategicamente lhe foi atribuída no período pós-revolucionário.
Se fosse o Franco ou o Pinochet ninguém ficaria cá para relatar fosse o que fosse nem para fazer de mártir mumificado. Mártir cuja utopia era massificar o seu ódio intrínseco, impondo o verdadeiro terror aos seus compatriotas...
Quero acrescentar algo relativamente ao meu último post onde acusei o Dr. Cunhal de querer implantar uma autêntica ditadura estalinista em Portugal, acusando a PIDE e o regime do Professor Oliveira Salazar de atrocidades que seriam elevadas a 100 caso o seu "paraíso" infernal fosse instalado em solo nacional. Contrariamente as simplismos de esquerda que podem ver o meu post como um comentário de um fascista, de um reaccionário "salazarento"(palavra que lhes é tão cara), devo acrescentar sem qualquer tipo de complexos que nada disso sou...
Sou contra qualquer tipo de regime quer de direita, quer de esquerda, que exerça uma opressão arbitrária, limitando os direitos essenciais de qualquer ser humano, como o da liberdade de expressão. Apenas me choca que indivíduos que veneram figuras como Fidel Castro e outros assassinos de ideologia marxista que tenham o desplante de comparar os seus regimes ao regime autoritário de Salazar. Facínoras marxistas que cometeram verdadeiros genocídios à semelhança de outros facínoras de direita- Franco, Pinochet,...(não importa a ideologia associada, o que é relevante é o sofrimento das suas vítimas).
Comparar o regime de Salazar a esses regimes sangrentos é como estabelecer uma analogia entre uma formiga e um elefante.
Os elementos da PIDE eram de facto criaturas brutais, mas os crimes cometidos quer em termos quantitativos quer qualitativos não têm a mínima comparação com os perpretados pelas polícias políticas dos regimes ditatoriais citados e de outros análogos.
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