terça-feira, novembro 28, 2006

nostalgias 22: Fahrenheit 451, 3a. via da utopia



Fahrenheit 451 foi uma obra prima da fc poética, mas também uma das mais originais "utopias negativas" do século XX. O livro de Ray Bradbury conta uma sociedade de grande abundância material e técnica, mas espitualmente embrutecida e regressiva, uma sociedade que baniu os livros e a sua leitura e exalta obcessivamente o audiovisual. É aqui que o bombeiro (Oskar Werner) encontra a jovem dissidente - Julie Christie, no seu melhor.

Encontram-se, descobrem-se, amam-se, ela converte-o à dissidência e além de amantes, no modo romântico e púdico da época, tornam-se cúmplices. É um grande filme mas, voltando às utopias e seus tipos, uma terceira via, pois aqui, ao contrário da paupérrima sociedade de 1984, há abundância material. Mas ao contrário de Brave New World, mais que condicionamento hedonista, há repressão permanente.

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