EMIGRAÇÕES
Muita gente tem vindo ultimamente a falar da tristeza e descrença que invadiu a sociedade portuguesa. É um facto e é particularmente gritante quando vemos alguns amigos a afirmarem que já não conseguem viver no País onde nasceram e que amam acima de tudo porque acham que "este país" é já outro país; também a nossa juventude, que só consegue perspectivar um futuro melhor com recurso à emigração. É triste que em pleno século XXI, com todos os fundos europeus, com já mais de trinta anos de "liberdade", "democracia" e "progresso", seja essa a única solução.
Bem sei que as nossas elites não ajudam, que a corrupção grassa e que o atraso se vai agravando, mas não há ninguém que consiga, tão sómente, dar um pouco de esperança à nossa juventude? Curiosamente, este é, hoje em dia, um fenómeno que não diz respeito apenas às classes mais desfavorecidas (que continuam a partir, para Inglaterra, para a Holanda, Espanha ou outra terra qualquer onde sejam bem exploradas), mas também aos jovens com mais habilitações, que partem em busca de um sítio que reconheça as suas qualidades e que lhes dê as condições para as desenvolverem.
Antes, a justificação era a guerra e a crise a ela associada. Hoje, que explicação se encontra para uma tal crise, para uma tal ausência de esperança? Haverá aí muitos tecnocratas prontos a darem explicações que julgam convincentes, mas, cá para mim, talvez se estudarmos o já longínquo e muito esquecido Verão Quente de 1975 possamos encontrar algumas pistas... É que uma boa parte das nossas "elites" foi formada nessa escola e, ainda hoje, sofremos as consequências.
Bem sei que as nossas elites não ajudam, que a corrupção grassa e que o atraso se vai agravando, mas não há ninguém que consiga, tão sómente, dar um pouco de esperança à nossa juventude? Curiosamente, este é, hoje em dia, um fenómeno que não diz respeito apenas às classes mais desfavorecidas (que continuam a partir, para Inglaterra, para a Holanda, Espanha ou outra terra qualquer onde sejam bem exploradas), mas também aos jovens com mais habilitações, que partem em busca de um sítio que reconheça as suas qualidades e que lhes dê as condições para as desenvolverem.
Antes, a justificação era a guerra e a crise a ela associada. Hoje, que explicação se encontra para uma tal crise, para uma tal ausência de esperança? Haverá aí muitos tecnocratas prontos a darem explicações que julgam convincentes, mas, cá para mim, talvez se estudarmos o já longínquo e muito esquecido Verão Quente de 1975 possamos encontrar algumas pistas... É que uma boa parte das nossas "elites" foi formada nessa escola e, ainda hoje, sofremos as consequências.
1 Comentários:
Caro Bernardo,
Já parti e não faço planos de regressar. Conheço muitos que como eu partiram e dificilmente regressarão.
Pergunta bem quando diz "Não há por aí alguém capaz de dar esperança aos jovens?".
Não me parece que haja. O país está minado pela corrupção, por delírios de dinheiro rápido e enriquecimento fácil, e tudo vale para ganhar meia dúzia de tostões ou proteger um amigo que não vale um tusto.
Pergunto-lhe... Como está o caso Felgueiras? Como está o caso Casa Pia? Como está o caso Cruz Silva? Como está o caso Apito Dourado? etc etc etc...
Num país onde a justiça não funciona (é uma vergonha dizer-se isto, mas em Portugal a justiça efectivamente NÃO FUNCIONA), e onde a maioria dos nossos políticos são corruptos, que esperança se pode ter?
Um abraço,
Olindo Iglesias
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