SAN SEBASTIÁN
Confesso que tenho um carinho especial por San Sebastián. Foi aí que o meu Pai, filho de uma basca e de um português, acabou por nascer. Assim, desde a mais tenra idade, por entre uma educação marcada pelo maior portuguesismo, fui sempre ouvindo o elogio da Donostia e a referência às nossas raízes bascas ("nuestras províncias", como dizia a minha Avó, que era tradicionalista e, mesmo nesse tempo, falava basco).
No entanto, nunca tinha ido a San Sebastián. Conhecia razoavelmente Espanha, mas nunca calhara passar por aqueles lados. Devo dizer agora que tinha perdido muito, pois é uma das cidades mais agradáveis do país vizinho.
Em primeiro lugar a praia, ainda marcada por um certo ambiente de princípios de século (do século passado, entenda-se!), com os seus restaurantes fin de siècle, os toldos às risquinhas (sem anúncios da Olá!), o areal sem cães, sem futebolistas e sem rádios a darem "a bola". Enfim, uma praia civilizada onde apetece estar.
Depois, a própria cidade, com o seu lado mais turístico, os bares de tapas e os grandes monumentos, mas também com bairros elegantes, com gente simpatiquíssima e tudo marcado por essa língua extraordinária que é o basco. Uma língua que não será das mais bonitas, mas que atrai pela antiguidade, por uma sonoridade que lembra tempos de antanho. Aliás, depois de tudo o que se conta dos bascos, esperava ver posições muito mais radicais. Afinal, está tudo escrito em castelhano e basco, as pessoas são afáveis e apenas orgulhosas das suas tradições. Espero voltar em breve.
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