Eleições americanas:reflexões e conclusões (1)
Os resultados das eleições norte-americanas de 7 de Novembro que deram ao Partido Democrático a maioria na Câmara dos Representantes e a maioria dos governos estaduais (o Senado está ainda dependente das contagens em Montana e na Virgina) permitem algumas conclusões:
1. A política influenciada pelos neo-conservadores que levou à invasão e guerra do Iraque saiu cara aos Republicanos.
2. A estratégia de tentar refocar a atenção dos eleitores - cuja maioria continua a ter posições conservadoras nas questões de "valores" (defesa da vida, proíbição dos casamentos de pessoas do mesmo sexo, defesa forte, "armas para o povo", influência da religião e moral da sociedade) não resultou. A estratégia, dos "três Gês" (God, guns, gays), isto é mobilizar os eleitores pelos Republicanos na base de serem os "religiosos", "os armados" e os defensores da família tradicional, esperava bater os democratas, virando o debate para estes problemas.
3. Não foi assim. A luta anti-terrorista permaneceu como o problema-chave da preocupação dos eleitores, mas a Guerra do Iraque, como manobra "errada" dessa luta, penalizou os candidatos republicanos, mesmo aqueles que tentaram desligar-se do apoio à política de "democratização global."
4. Por outro lado, há vários eleitos democráticos, com posições claramente conservadoras, nas questões de valores e de política internacional. Conservadores, não neo-conservadores.
5. Também os democratas estão divididos quanto à política concreta no Iraque. Uns querem as tropas de volta, já; outros, como a nova "speaker" dos Representantes, Nancy Pelosi, querem essa retirada completa no fim do próximo ano; outros finalmente como Stany Hoyer, opõe-se a uma data certa para essa retirada.
6. E, em última análise, o Presidente mantém a autoridade em matéria de política externa e de defesa. Mas é de esperar que, tendo em conta os resultados eleitorais, ouça com mais atenção a ala conservadora realista do seu partido. Começando por James Baker, que lidera uma equipa de 9 conselheiros, entre os quais o novo Secretário da Defesa, Robert Gates, encarregada de dar um parecer sobre as "saídas" para o problema do Iraque e que tem estado, no Médio Oriente, a falar com toda a gente, desde os partidos iraquianos aos dirigentes do Irão e da Síria.
1. A política influenciada pelos neo-conservadores que levou à invasão e guerra do Iraque saiu cara aos Republicanos.
2. A estratégia de tentar refocar a atenção dos eleitores - cuja maioria continua a ter posições conservadoras nas questões de "valores" (defesa da vida, proíbição dos casamentos de pessoas do mesmo sexo, defesa forte, "armas para o povo", influência da religião e moral da sociedade) não resultou. A estratégia, dos "três Gês" (God, guns, gays), isto é mobilizar os eleitores pelos Republicanos na base de serem os "religiosos", "os armados" e os defensores da família tradicional, esperava bater os democratas, virando o debate para estes problemas.
3. Não foi assim. A luta anti-terrorista permaneceu como o problema-chave da preocupação dos eleitores, mas a Guerra do Iraque, como manobra "errada" dessa luta, penalizou os candidatos republicanos, mesmo aqueles que tentaram desligar-se do apoio à política de "democratização global."
4. Por outro lado, há vários eleitos democráticos, com posições claramente conservadoras, nas questões de valores e de política internacional. Conservadores, não neo-conservadores.
5. Também os democratas estão divididos quanto à política concreta no Iraque. Uns querem as tropas de volta, já; outros, como a nova "speaker" dos Representantes, Nancy Pelosi, querem essa retirada completa no fim do próximo ano; outros finalmente como Stany Hoyer, opõe-se a uma data certa para essa retirada.
6. E, em última análise, o Presidente mantém a autoridade em matéria de política externa e de defesa. Mas é de esperar que, tendo em conta os resultados eleitorais, ouça com mais atenção a ala conservadora realista do seu partido. Começando por James Baker, que lidera uma equipa de 9 conselheiros, entre os quais o novo Secretário da Defesa, Robert Gates, encarregada de dar um parecer sobre as "saídas" para o problema do Iraque e que tem estado, no Médio Oriente, a falar com toda a gente, desde os partidos iraquianos aos dirigentes do Irão e da Síria.
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