A finalidade do Romance
Para os que gostamos de ler ficção, que temos prazer em devorar um bom romance, é frequente pegarmos no livro de um qualquer novo autor, sobretudo europeu e cheio de prémios e referências elogiosas, e depressa termos a tentação de o pôr de lado. Porquê? Muito simplesmente porque se está a perder a capacidade de contar uma boa história. Os novos autores confundem aquilo que é afinal o objectivo de um bom romance: contar histórias. Em vez disso, optam por relatar as suas vidas, descrever a realidade que os rodeia, fazer crítica social.
Dominique Fernandez acaba de publicar um novo livro L'Art de Raconter onde vem, precisamente, pôr esta questão ao afirmar que "Raconter des histoires: ce devrait être la fonction première du roman. Cela longtemps l'a été, de Stendhal à Tolstoï, de Dickens à Melville, de Stevenson à Simenon. Aujourd'hui, en France du moins, les romanciers ne racontent plus: ils parlent d'eux-mêmes, ce qui est tout différent."
Nesta sua mais recente obra, Dominique Fernandez cita diversos autores e refere as suas técnicas de escrita, os seus estilos, a sua obra, por contraposição à pobreza dos romances actuais.
No entanto, se podemos concordar com esta tese da crise do romance moderno, podemos também referir que a situação é particularmente crítica no continente europeu, onde a escrita tem vindo a ser crescentemente condicionada pelas expectativas de vendas, pelo marketing, pelas exigências das editoras, pela ditadura do politicamente correcto. Em contraposição, nos Estados Unidos, na América do Sul, em África, no Oriente, temos vindo a assistir ao aparecimento de grandes escritores com obras riquíssimas. O que está então mal na Europa? Francamente não sei, mas provavelmente os nossos autores deveriam tentar tão somente contar uma boa história...
Dominique Fernandez acaba de publicar um novo livro L'Art de Raconter onde vem, precisamente, pôr esta questão ao afirmar que "Raconter des histoires: ce devrait être la fonction première du roman. Cela longtemps l'a été, de Stendhal à Tolstoï, de Dickens à Melville, de Stevenson à Simenon. Aujourd'hui, en France du moins, les romanciers ne racontent plus: ils parlent d'eux-mêmes, ce qui est tout différent."
Nesta sua mais recente obra, Dominique Fernandez cita diversos autores e refere as suas técnicas de escrita, os seus estilos, a sua obra, por contraposição à pobreza dos romances actuais.
No entanto, se podemos concordar com esta tese da crise do romance moderno, podemos também referir que a situação é particularmente crítica no continente europeu, onde a escrita tem vindo a ser crescentemente condicionada pelas expectativas de vendas, pelo marketing, pelas exigências das editoras, pela ditadura do politicamente correcto. Em contraposição, nos Estados Unidos, na América do Sul, em África, no Oriente, temos vindo a assistir ao aparecimento de grandes escritores com obras riquíssimas. O que está então mal na Europa? Francamente não sei, mas provavelmente os nossos autores deveriam tentar tão somente contar uma boa história...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial