sexta-feira, novembro 23, 2007

AQUECIMENTO GLOBAL: COOL IT

Com risco da sua carreira, embora talvez não da sua vida, o professor dinamarquês Bjorn Lomborg leva batalhando desde há alguns anos contra a "histeria mediaticamente assistida" do "aquecimento global", também conhecido por "alterações climáticas". O seu livro de 1998 The Skeptical Environmentalist - Measuring the Real State of the World, deu brado e trouxe-lhe grandes dissabores. Acaba de sair mais um livro do mesmo autor, também indispensável: Cool It, The Skeptical Environmentalist's Guide to Global Warming. Tanto num como noutro, põe em causa muitos dos raciocínios, medições, estatísticas e informações do lobby do pavor ecologista que alegremente coadjuvam os meios de comunicação de massas (e sobre a psicologia das "massas" já se disse tudo há muito tempo) com a sua congénita nervoseira alarmista. Há um capítulo especialmente curioso neste livro: "The politics of global warming". Há quem proponha seriamente que se aplique a quem ponha em dúvida as teses pavorosas o mesmo sistema que já se aplica a quem discute as teses oficiais sobre o Holocausto - ou seja uma "lei da rolha", um "porque no te callas?" a que dá singular eficácia a aplicação de penas de cadeia, perseguições e saneamentos sem apelo nem agravo. Às leis que existem sobre o Holocausto ou a "apologia" do colonialismo (na libérrima França!) se calhar não tardarão em juntar-se outras sobre o crime contra a Humanidade que consiste em, por exemplo, verificar que os ursos polares não estão a desaparecer (mas até a crescer em número) ou que por 350.000 pessoas mais que morrerão hipoteticamente de calor daqui a cem anos, morrerão hipoteticamente menos um milhão e setecentas mil de frio, etc., etc. Nem umas nem outras nos dizem muito sobre os reais e putativos crimes do III Reich ou sobre o aquecimento ou arrefecimento globais e o que os causa, mas dizem bastante sobre a tolerância e o rigor científico dos paladinos encartados da tolerância e da ciência - e sobre a confiança que têm no valor dos seus estudos e dos seus argumentos. Só nos faltava que além disso nos proibissem de fumar.

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