terça-feira, junho 20, 2006

Ricardo Pinto

Recebemos há uns dias a entrevista que Alexandra Martins realizou para a nossa revista com o escritor português de Edimburgo Ricardo Pinto. Foi o António Marques Bessa que nos revelou a existência deste autor português de língua inglesa que é uma das mais recentes estrelas da literatura a que à falta de melhor podemos chamar "fantástica".
Ricardo Pinto está a trabalhar há vários anos numa trilogia cujo título genérico é A Dança de Pedra do Camaleão, da qual estão publicados e foram muito bem recebidos pela crítica e pelo público dois volumes. (Já existe tradução em português dos dois: Os EscolhidosThe Chosen – e Os Guardiães dos MortosThe Standing Dead. Ambos foram lançados entre nós há cerca de três anos pela Editorial Presença.)
Com a entrevista, Alexandra Martins enviou-nos esta PEQUENA BIO do autor:
"Ricardo Pinto nasceu em Lisboa em 1961. Aos seis anos foi para Londres com a família e mais tarde para Dundee na Escócia. Estudou matemática na Universidade de Dundee. Em 1983, em Londres, torna-se programador de jogos de computador. Em 1999 publica o primeiro livro de "A Dança de Pedra do Camaleão" Desde então dedica-se à escrita. Recomendamos uma visita ao seu website
www.ricardopinto.com. Para além de diversas informações sobre os livros e de mais informações sobre o autor, podemos contar com mapas de apoio aos livros e com tudo o que é necessário para se tornar fluente em Quya, a linguagem por ele criada."
Lida a entrevista, vemos que Ricardo Pinto não escapa, nas suas opiniões civis, a uma certa "correcção política" mas suspeitamos que não é exactamente assim nos livros...Vamos certificar-nos. Entretanto, e em qualquer caso, damos-lhe as boas vindas às nossas páginas, os parabéns pelo êxito dos seus livros e agradecemos-lhe que nos tenha concedido esta entrevista, que está publicada em inglês no seu site, com uma imagem de uma das nossas capas e tudo.

domingo, junho 18, 2006

American Vertigo

No próximo número do "Futuro Presente", entre outros muitos assuntos, falaremos um pouco da América e da mais recente obra de Bernard-Henry Lévy, um autor que, decididamente, não está entre os nossos preferidos.

Contudo, o seu último livro, American Vertigo, resulta num exercíco interessantíssimo e muito oportuno, ao reeditar, mais de um século e meio depois, a célebre viagem de Alexis de Tocqueville, de que resultaria o clássico "Da democracia na América".

Particularmente interessantes são os capítulos dedicados à "direita" americana e, nomeadamente, aos meios neoconservadores, que considera estarem hoje na vanguarda do debate político e intelectual, com uma produção consideravelmente mais rica e consistente que a da esquerda americana. Diversas outras reflexões, que contrariam os postulados do politicamente correcto a que nos tinha habituado, valeram-lhe já amplas críticas, nomeadamente dos seus correligionários da esquerda internacional.

Mesmo que não partilhemos uma parte importante das suas conclusões, trata-se de uma obra inesperada e que vem dar um contributo importante para o debate actual sobre os EUA.