terça-feira, junho 23, 2009

QUE FITA VAI HOJE? - A FINE DAY

É um dia calmo mas não desinteressante. Com o título português (será verdadeiro? acho que não) Sangue frio em água quente passa no Hollywood às 21.30 The Drowning Pool (Stuart Rosenberg, 1975), adaptação de um romance de Ross MacDonald (o escritor que recolheu a herança literária de Raymond Chandler e foi também um mestre - menor - do romance de detectives privados como sub-género do romance "negro" ou hardboiled); que me lembre é a segunda das duas vezes - foram duas, foram - que Paul Newman interpretou o personagem criado por MacDonald, que no cinema mudou de nome: o Lew Archer dos livros teve na vida cinematográfica o nome de Harper, ninguém sabe bem porquê (o outro filme foi, justamente, Harper (adaptação por William Goldman - havemos de aqui voltar - de The Moving Target, Jack Smight, 1966). Para matar saudades. Às 22.30, na RTP Memória, Gambit (Ladrão roubado, 1966, de Ronald Neame - já lembrei aqui este realizador pouco lembrado e subvalorizado), uma comédia policial com boa reputação, com Michael Caine e Shirley MacLaine: acho que vi, mas vou refrescar a memória. À meia noite e cinco, no TCM, The Belle of New York (1952), uma comédia musical de segunda classe mas em que dançam Fred Astaire e Vera Ellen. Há quem diga que como nunca. Vamos ver.

domingo, junho 14, 2009

QUE FITA VAI HOJE? - CLÁSSICOS

Não me posso demorar, mas: no TCM - às 20.00, Mogambo (1953), de John Ford, aventura africana, e às 00.10, À beira do fim (Soylent Green, 1973), ficção científica, de Richard Fleischer a partir, salvo erro, de Harry Harrison. De madrugada (02.45) na RTP1, Terra sangrenta (The Killing Fields, 1984), de Roland Joffé, um excelente filme - primeiro papel no cinema de John Malkovich, é o fotógrafo - sobre um episódio verídico da "libertação" revolucionária do Cambodja, cujos horripilantes malefícios ignorados pelas boas consciências hoje estão mais do que documentados. Sempre edificante.

sábado, junho 13, 2009

QUE FITA VAI HOJE? - DENTRO DE MOMENTOS

A noite da RTP2 - nossa habitual companheira dos sábados - é dedicada à comédia musical, com dois exemplares não muito típicos do que para mim é a comédia musical: Chicago, 2002, agora, uma versão da obra de teatro (co-autoria de Bob Fosse, tendo como primeiro número musical, muito apropriadamente, All that jazz) e a seguir Sete noivas para sete irmãos, (Seven Brides for Seven Brothers, 1954), um clássico da comédia musical atlética de Michael Kidd.

sexta-feira, junho 12, 2009

QUE FITA VAI HOJE? - UM HOMEM DE TALENTO

O ciclo de romances de Ripley (o primeiro - The Talented Mr. Ripley - teve na Colecção Vampiro o título de Um homem de talento, que parece que não podia ser outro) é onde o mundo doentio de Patricia Highsmith é mais suportável. (Aí e nalguns contos de Mermaids on the golf course e Little Tales of Misoginy e, vá lá, em O desconhecido do Norte Expresso, seu primeiro romance, adaptado ao cinema por Hitchcock, Strangers on a Train, 1951.) Um homem de talento teve duas adaptações ao cinema - uma excelente versão francesa que é um dos melhores filmes de René Clément, Plein Soleil, À luz do sol, 1960, também um dos melhores papéis de Alain Delon, em princípio de carreira, logo antes de Rocco e os seus irmãos, de Luchino Visconti, já agora - e a recente versão de Anthony Minghella, que não me deslumbrou, apesar de todos os seus méritos e de uma maior fidelidade à letra do original literário. Ripley's Game, terceiro da série, foi filmado duas vezes também: por Wim Wenders, L'ami américain, 1977 (apesar das poses, gostei - com um Bruno Ganz inesquecível no protagonista) e por Liliana Cavani, O jogo de Mr. Ripley (2002), que, embora sem poses e com John Malkovich, não é tão bom. Os outros romances da saga Ripley são, por ordem de aparição, Ripley Underground (o segundo), The Boy That Followed Ripley e Ripley under Water. O filme de la Cavani passa hoje na RTP1, às 00.35.