Faltei - e tornei a faltar. E deixei asim de me referir a tempo e horas à maratona disponível no TCM sexta-feira à noite - das 20.00 em diante: primeiro, o conhecido
Doze indomáveis patifes (
The Dirty Dozen, Robert Aldrich, 1967), um grande regresso, pelo menos como profissional, à primeira forma de um realizador em que a aplicação dos preconceitos da famosa
politique des auteurs só cria confusão - pois não se pode confundir o que fez de melhor e de pior numa carreira com três dezenas de filmes que não merecem, acho eu, nem de longe, uma igual consideração. Não me convém agora entrar em pormenores e fico-me pelo melhor, que não é pouco: Aldrich realizou nada mais nada menos que os seguintes filmes: em 1954,
Apache (Burt Lancaster, um actor a recordar extensamente, um dia) e
Vera Cruz (com Lancaster, também, Gary Cooper e Sara Montiel, com dois nomes também a recordar no argumento: Borden Chase e Roland Kibbee, que explicam muita coisa - os filmes são
escritos...), em 1955,
Kiss me Deadly (um filme
noir tardio que tem um lugar à parte no género e se baseia num romance de Mickey Spillane e tem provavelmente o melhor intérprete para o papel de Mike Hammer, Ralph Meeker) e
The Big Knife (de uma peça de Clifford Odets) - depois dou os títulos portugueses, que não tenho à mão. Depois, passavam
Shoot the Moon (1982, Alan Parker, um drama "romântico" muito bem construído, filmado e interpretado, com Diane Keaton e Albert Finney), o
Dr. Jeckill e Mr. Hyde de Victor Fleming, com Spencer Tracy e Ingrid Bergman e o
Dodge City de Michael Curtiz, uma cowbóiada célebre, com Errol Flynn. Ontem. a programação não era tão espectacular, mesmo dando a volta aos nossos canais todos, mas a RTP 2 mostrou
O Estado do Mundo, uma curiosidade, em que podíamos ver em acção alguns realizadores "independentes", entre os quais o português Pedro Costa. Para hoje, lembro que no TCM às 20.00, passa outra vez o
Fame (1980, outro filme dirigido por Alan Parker) e, sobretudo,
Assassinos substitutos (
The Replacemente Killers, 1998, com Chow Yun-Fat e Mira Sorvino) um "filme de acção" da minha especial predilecção, um gosto talvez incompreensível para muita gente, realizado por Antoine Fuqua e muito superior, na minha modesta opinião, ao premiado e medíocre
Dia de Treino (
Training Day, 2001)
do mesmo realizador, com um Denzel Washington muito pouco convincente.